quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O filme "Deus Não Está Morto" quase me transformou em Ateu.


   Um filme tendencioso e fraco...


 
   Estava no cinema ontem com o meu primo vendo esse filme, todos estavam extasiados com mensagens como "A questão é crer ou não crer" e "Como se pode odiar algo em que não se acredita?" E eu lá, me segurando na cadeira para não levantar e começar uma discussão filosófica sobre as mensagens do filme. Vou aqui mostrar as quatro mensagens do filme e vou dar argumentos contrários.

A Questão é crer ou não crer.


O professor de Filosofia menos filosófico do cinema.


   Resumindo: essa é aquela velha ladainha de que quem crê em Jesus será salvo, aquele que não crê está condenado ao inferno pelo mero fato de não crer. Ou seja: Deus é tão intolerante que relevará todos os seus atos, não importa o quão bons tenham sido, apenas por o indivíduo não ser Cristão. E o engraçado é que nós temos como tirânico o governo que defende a intolerância religiosa, isso é contraditório da parte dos cristãos, que se dizem tão amorosos (O amor Cristão é uma das mensagens do filme). Em suma... Deus é intolerante, logo não merece minha adoração, assim como um político intolerante não merece meu voto e confiança.

Como pode odiar algo que não existe?

Comercializando CDs que louvam a Jesus, acredito que ele
deve estar no céu, muito envergonhado.

  Quando o professor de Filosofia diz que odeia Deus, o mocinho responde: "Como se pode odiar algo que não existe?". Ora, até eu, em meu terceiro semestre de História, consigo bater esse argumento. OS ATEUS QUE ODEIAM A DEUS, NÃO ACREDITAM QUE DEUS É UMA PERSONA, LOGO ELES ODEIAM A IDEIA DA EXISTÊNCIA DE UM DEUS, NÃO A PESSOA DEUS, POIS ELES NÃO ACREDITAM NA EXISTÊNCIA DO MESMO.

Apenas os Cristãos são felizes



  No filme há um clima de: Ateus são intolerantes, brutos e sem moral alguma; Muçulmanos são todas pessoas brutas e sem piedade. Ateus são tratados no filme como pessoas extremamente soberbas, cruéis e inflexíveis. Na minha concepção, isso é preconceito, pois quando eu era assumidamente evangélico nunca fui destratado por um Ateu, pois estes têm mais o que fazer além de ficar discutindo RELIGIÃO X ATEÍSMO o dia todo. Os cristãos por outro lado:

O inferno é a fogueira pós-vida dos Cristãos atuais.
  E convenhamos, um professor que reduz a filosofia a Ateísmo não é um bom professor e tampouco entende algo de Filosofia, pois Santo Agostinho era filósofo, porém cristão. O filme defende que Filosofia e Cristianismo estão opostos, algo imensamente errôneo.

A Questão das Bandas Gospel


 
Cristo expulsou comerciantes do templo no século I d.C
No século XXI bandas como os NEWBOYS comercializam o nome
de Jesus. E eles não são exceções, nossa querida Aline Barros e
Padre Fábio de Melo também entram nessa lista.
   Esta é a demonstração atual da hipocrisia cristã: bandas que louvam a Cristo, porém andam de jatinhos e vestem ternos super estilosos vendendo seus CDs de louvor. Bem, Cristo expulsou os comerciantes do templo de Jerusalém e disse que aquele era um lugar de adoração, não de comércio. Logo, essas bandinhas gospels são bastante contraditórias (Para não dizer hipócritas).


Eu amei esses ternos, mas com meu salário atual
nunca conseguirei ter um. 


Olha quanto estilo... Será que eu conseguirei me vestir assim um dia?
Será que Jesus se vestiu com tanto estilo com seu humilde salário de carpinteiro?

   Em suma, o filme Deus Não Está Morto não consegue provar nada a que se propõe, mas prova duas coisas: 

1- Os Cristãos ainda são muito preconceituosos, mesmo que inconscientemente.
2- Está mais clara a hipocrisia dessas religiões. Católicos têm seus palácios no vaticano e evangélicos têm bandinhas gospels que se passam por humildes, mas apenas envergonhariam a Cristo se este estivesse vivo na Terra.

   Para finalizar, Deus não Está Morto é um filme tendencioso, preconceituoso e que ofende a inteligência dos espectadores conseguindo fazer exatamente o contrário daquilo a que se propõe. E lembrem-se, um Deus que coloca alguém cheio de qualidades em um inferno junto com Hitler, Stalin e Vlad, o Empalador por meras diferenças religiosas não merece ser adorado. Lembrete dois: Ateus não são ruins pelo fato de serem ateus e professores de filosofia não são monstros.

  

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